segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Entendendo o Som

Achei que nada é mais justo que se fazer entender, dai resolvi postar o que nossas músicas querem dizer e um tanto da história de cada uma delas.

Então... nossa primeira foi a Imprópria, feita muito antes de existir a banda pela Rebeca (ex-guitarrista) e pelo Tancredo. Foi tocada na primeira banda da Rebeca, a Inkomas, que tirava cover da Pitty e começaram a fazer autorais, mas acho que Imprópria foi a única. E tanto que na época dessa banda, a música ainda não tinha nome, foi se chamar imprópria depois que entrou no repertório da gente.
Quando foi formada a Frida, a Rebeca já entrou dispondo a sua música. Ela já estava pronta, faltava só pegar, então o trabalho foi zero.

A letra...

Folhetos e foguetes
Começou tudo outra vez
Outra hipocrisia
Bem novinha pra vocês

Esses vermes Filhos-da-Puta
que só sabem prometer.
O presidente está em Londres
E o país vai se fuder.

Quem vai mudar o país?
Quem vai limpar o país?
Quem vai chutar o país?
Quem vai salvar o país?

Mais uma manchete de jornal
Mais uma promessa pra você
Enquanto o povo se dá mal
Nós te vemos na TV

Meu filho tá com fome
e eu não sei o que fazer
Já não tenho mais emprego
Como vou sobreviver?

Quem vai mudar o país?
Quem vai limpar o país?
Quem vai chutar o país?
Quem vai salvar o país?



Está bem clara a critica políticossocial nessa letra.
Começa falando de novas eleições, que é onde recomeça o 'circo eleitoral'; diz que tudo acaba se repetindo: As promessas não cumpridas, a ilusão do povo e a decadência pessoal.
Faz as pessoas questionarem não exatamente onde estão os governantes, mas O QUE eles estão fazendo no local onde estão; e também se um dia existirá alguém justo, capaz de dar um basta na situação grosseira em que muitos vivem.

A intenção é fazer o público se questionar e reivindicar. A situação só melhorará quando o povo souber usar seus direitos, quando souber que o que está no papel, deve ser praticado.


A massa tem voz quando está junta, falando ao mesmo tempo o que é preciso.


TRICI

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Riot Grrrl no Brasil

Há bandas como o extinto Bulimia, Biggs, Pulso, entre outras,que também abrangem outros assuntos além do feminismo, como a banda Suffragettes, que defendem além do feminismo, também o vegetarianismo, a filosofia straight-edge, a preservação ambiental, dentre outros assuntos, cada vez mais crescentes nas cenas undergrounds.

No Brasil a banda de maior destaque é o Dominatrix liderada pela vocalista e guitarrista Elisa Gargiulo. A banda é extremamente feminista e nos seus shows realiza verdadeiros debates sobre as diversas causas femininas e o direito das minorias. Dominatrix está para o riot no Brasil, como o Bikini Kill está para o mundo. Foram elas quem praticamente começaram tudo por aqui nos anos 90, quando a banda começou.
Foi o mesmo processo de influenciar as garotas a falar e fazerem o que quizessem, e montarem bandas, produzirem fazines... E assim como no mundo todo, a cena cresceu, e prova disso somos nós: Uma banda de garotas no sertão cearense. E como nós, existem tantas outras pelo país a fora. E existem também festivais, como o Lady Fest, organizado pela Elisa, que é referencia nacional e já contou com presenças do cenário internacional como o Team Dresh em 2010:

Como eu quería ter estado aí ;~

Debate: “Feminismo Além do Bem e do Mal:

aliança feminista contra o machismo velado”

Vange Leonel, Elisa Gargiulo and Márcia Tiburi



E por sinal, é um evento que acontece em várias partes do mundo. A Dominatrix já tocou no de Amisterdã. Aqui ele acontece tradicionalmente em São paulo, mas já houve uma extensão a Santos, e recentemente o Lady Fest BH.

Fiquei sabendo de um festival que vai acontecer na Bahia de 19 a 23 de janeiro, o Vulva La vida e vai contar com várias bandas e artistas, além de palestras e tal... Parece que vai ser bem legal! Quizera eu ir... ;~ As meninas da Baby Lizz vão tocar lá.
http://www.youtube.com/watch?v=Ewje2wl3CWA


Agora vou falar de algumas bandas... E falando em Baby Lizz , lembra que eu comentei da Riot Kill no flash-back? Pois é, com o fim da banda algumas integrantes fudaram a Baby Lyzz. Elas são altamente riot, e suas letras são socos no estomago. Vale salientar que quem quizer conferir até mesmo os trabalhos da .Ri♀t Kill. ♪, não vai perder seu tempo, pois a banda era tão boa quanto! Além do que elas fizeram versões de bandas já conhecidas no cenário riot Grrrl do Brasil que (na minha opinião) conseguiu superar a versão original #revelay

Dominatrix - Dominatrix surgiu no fim de 1995, pelas irmãs Isabella e Elisa Gargiulo, além de Estela e Diego. O nome "Dominatrix" só passou a ser utilizado em 1996. Já está descrito mais acima a banda, mas aí vai um link de um desses tais discursos que a banda promove em seus shows: http://www.youtube.com/watch?v=DLmvOpJMG-A
(No dia que eu conseguir falar assim, não vou querer mais nada na vida)

E o blog da Banda:
http://banda_dominatrix.zip.net/


NOSKILL Confesso que não conheço a banda, mas achei interessante destacar por que essa garotas estão numa puta atividade! Volta-e-meia vejo o nome delas pelo flyers afora, e principalmente, pq já vi elas tocando junto com a Dominatrix. Nem sei pq ainda não escutei ainda, acho que vou fazê-lo agora!


Menstruação Anarquika Banda formada no ABC Paulista em meados de 93, com a proposta de manter um contexto político, libertário e extremamente ideológica contra a
repressão social (sistema).



Ah! E todas as bandas que fazem parte da coletânea REAÇÃO FEMININA:
sub-traídas
http://www.myspace.com/subtraidas
Bonecas de Trapo
www.myspace.com/bonecasdetrapo
Bertha Lutz
www.myspace.com/bandaberthalutz
Lolittas
http://www.myspace.com/bandalolittas

Além da Baby Lizz e nós Frida! ;D

Lembrando que ainda dá tempo garantir a sua hein? É só entrar em contato conosco!
;* e até mais!










Eka

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Riot Grrrl

Oi. E o fim-de-semana? O meu foi bom! O último das férias.. Tem que aproveitar, né?



Vou falar um pouco do que a minha humilde pessoa sabe sobre o Riot Grrrl, Crtl-C’ziando umas coisinha daqui e dalí para me facilitar a vida. Então, se vc não sabe ainda do que se trata, nunca é tarde para aprender uma coisa nova.





Riot grrrl é um movimento abrangindo fanzines, festivais e bandas de hardcore, punkrock e grunge, que teve o mesmo berço: a Seatle de meados dos anos 80 e os 90’s. A intenção do movimento é informar a mulher de seus direitos e incentiva-las a reivindica-los. Uma das principais formas além de protestos foi o uso da música. A carreira músical feminina se resumia apenas como vocalistas, ou qualquer função em bandas de músicas leves, mesmo assim mal vistas. O principal ponto foi montar bandas de rock, com instrumentos pesados como baixo e guitarra com muitos efeitos e distorção, estilo e instrumentos inicialmente considerado como masculinos.


Incentivando cada vez mais as mulheres a montarem suas bandas, criar fanzines feministas, e assim expressar suas opiniões e vontades. O gênero musical riot grrrls apareceu na década de 90 como resposta as atitudes machistas punks.



Muitos consideram Kethleen Hanna (detalhe: eu escrevendo isso aqui e começa a passar um clip do Hole na Mtv ;D ) a criadora do movimento. E a pompa não pode ser retirada, pois sua banda: Bikini Kill foi a prepulsora de toda a atitude. O termo surgiu quando Alison Wolfe, do Bratmobile, resolveu produzir um fanzine feminista chamado Riot Grrrl, onde se rebelava contra uns dos dogmas sagrados do mundo do rock: Garotas não sabem tocar guitarra, bateria, ou baixo tão bem quantos os homen. Devido a essa postura, várias garotas sentiam-se desencorajadas a tomar frente de uma guitarra ou qualquer outro instrumento. O movimento Riot foi popularizado por bandas de garotas como Bikini Kill e Babes in Toyland, que reverenciaram antecessoras roqueiras de visual e verbos agressivos: a poetisa Patti Smith, o humor cínico de Debbie Harry, além de Joan Jett. Não se pode alegar que existam “líderes” no movimento “RIOT GRRRL”, já que cada garota deve fazer o que quer e defender seus pensamentos sem se “submeter” a alguma líder; contudo, algumas mulheres lograram maior destaque, tornando-se verdadeiros ícones das “Riot Grrrls”. Sem dúvida o maior destaque é Kethleen e o Bikini Kill.




Nos seus shows, as garotas do Bikini Kill costumavam “mandar” os rapazes para as filas mais distantes do palco, deixando as garotas nos melhores lugares, e entregavam a estas folhas com as letras das músicas para que pudessem melhor acompanhar as canções. Kathleen costumava fazer os shows com os braços, abdômen ou costas escritos com slogans como: RAPE ("estupro") ou SLUT ("vagabunda"), enquanto uma forma de reação à violência sexual e aos comentários “machistas” que determinavam as “Garotas do Rock” ou as mais “liberais” como vagabundas. O costume de escrever os “slogans” no corpo não parou com o Bikini Kill - até hoje várias bandas femininas se apresentam e se rebelam com o corpo riscado.




Apesar da banda ter sido a principal e mais influente, a que logrou maior atenção e fama foi a de Courtney Love, a Hole, muito embora a contra gosto de Love. Ela tería negado a participar do “tal movimento feminista”, e tendo mesmo criado uma rixa pessoal com Kathleen. Uum dos motivos da qual teria diso a aversão de Courtney à idéia de que sua banda fosse associada ao RIOT GRRRL - além de não simpatizar com a “cena” de Olympia, que era tanto a do Bikini Kill quanto a do “Riot Grrrl”.


Nota: Eu (eu, Eka) estou lendo a “Mais pesado que o Céu” (Biografia de Kurt Cobain) e lá fiquei sabendo de uma coisa que não sabia (sabendo de uma coisa que não sabia): Kurt já teve um ‘caso’ com Tobi Vail do Bikini Kill. Digo caso, por que na região de Olímpia não era comum os jovens assumirem relacionamentos, além de que Kurt procurava uma mulher para preencher o eterno vazio que sua mãe lhe causara. Tobi tinha uma visão de relacionamento totalmente diferente da dele, ela nãon estava procurando um marido, nem estava disposta a ser sua mãe, muito menos prescisava dele. Mas Kurt foi muito apaixonado por ela, e sua rejeição só deixava cada vez mais arrematado. O albúm Nevermind teve muitas de suas músicas escritas para Tobi. Smeels Like Teen Spirit é uma delas, inclusive se chama assim por que Tobi usava um desodorante chamado Teen Spirit, e como Kurt dormia com ela Kethleen pixou na parede de seu apartamento: ‘Kurt smeels like Teen Spirit’ (Kurt cheira a Teen Spirit). Bom, essa história toda foi pra dizer, que talvez a aversão de Courtney tenha uma pitada de dor-de-cotovelo.


E OUTRA: Há um erro no livro. O autor descreve Tobi como ‘sexista’, onde, uma vez riot grrl, ela óbviamente lutava contra o sexismo. FAIL!


Mas só mais uma coisinha: Apesar de fazer as vezes de ‘não ao riot grrrl’, Courtney tem atitudes próprias de riot. Era muito ituitiva e ía atrás daquilo que queria,a lém de não se prender a convencionismos.


É importante destacar que não só as mulheres defendem o Riot Grrrl, vários homens, inclusive rockstars já defenderam a causa feminina.


Bandas riot grrrls possuem tanto sucesso pela prática do feminismo em suas letras para manter o lema: se os homens podem, eu também posso! E o ‘we can do it’ de anos antes, uniu-se ao ‘do it yourself’ do punk rock para dar origem a estas garotas que não tem medo de fazer o que querem, ainda que a sociedade as condene.

Bom, por hj é só! Não vamos deixar o post assim tão grande, por que tem gente que tem preguiça de ler (coisa que não se aplica a mim), mas tudo bem! Acontece!

Na próxima eu falo um pouco sobre a cena aqui no Brasil.

Segue abaixo algumas bandas:

Babes in Toyland - Ex-banda de Courtney Love.

Bikini Kill – Ja falamos o suficiente sobre a Banda, hein? Se ainda não conhece, vale o download.

Bratmobile – Conheci a pouco tempo, mas se você é como eu e gosta de um bom barulho (ou não)...

Gossip – A vocalista Bety Ditto quebra a imposição da mídia do ideal de beleza da silhueta esguia. Mostra que nem só dos anos 90 viveu o Riot, que hj em certas atitudes se encontra o espírito da coisa.

Hole – Embora a postura ant-riot de Courtney, as músicas são foda. Nós fazíamos muito cover deles no começo da Frida.

L7 – Essa é uma das minhas bandas preferidas, de toda a discografia simplesmente TODAS as músicas são boas. E ainda as garotas do grupo criaram o “People for Choice” que era um festival em prol dos direitos da mulher e da Legalização do aborto.

Le Tigre – Banda atual da Kethleen Hanna. Não sei dizer se ainda existe, mas em fim, é muito boa! Tem uma batida eletronica, as vezes até dançante, mas sem deixar de lado a causa feminista.

Sleater-Kinney – Conheci à pouco também. Em agosto uma amiga me perguntou se eu conhecia, e eu disse que não, ela disse: COMOASSIM ? E não por menos, é uma banda bastante representante do movimento.

Lunachicks – É uma das minhas bandas do coração, simplesmente adoro! Elas tem um som bem agitados, e letras bem-humoradas, além de um visual anti-estética com uma ‘estética’ exagerada... Mais parecem travestis! Um arrazo! Nó fazemos cover de Luxury Problem atualmente.

E isso é tudo pessoal! ;*







Eka

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Ain't I A Woman?

Olá! Tudo bem com vcs? O flash back não para por ali... Com o fim da turnê soFrida, passamos a fazer menos (BEM MENOS) shows, mas, há ainda alguns que valem lembrar! Sim! Só que eu vou convencer a Trice a faze-lo pois eu (Eka) estou com preguiça por deveras! ;D

Bom, eu prometi pra mim mesma que iria ter compromisso com esse blog, e vou! Oká? Eu vou! Dae que desde terça não posto pela falta de tempo/computador, então, perdão, please.

Hj eu vou transcrever aqui um texto que eu acho simplesmente foda! Chama-se:

"E não sou mulher?" ("Ain't I A Woman?")

foi o nome dado a um discurso feito de improviso pela ex-escravaSojourner Truth. Pouco depois de conquistar a liberdade em 1827, tornou-se uma conhecida oradora abolicionista. O discurso foi proferido na Women's Convention em Akron, Ohio, em 1851. É simplesmente lindo.

Aí vai o comentário de Frances Gage, uma militante feminista que se encontrava na platéia, e logo em seguida o discurso em sí:

“As líderes do movimento estremeceram ao ver uma negra alta e ossuda, num vestido cinza e turbante branco encimado por um boné grosseiro, marchar deliberadamente para dentro da igreja, caminhar com o ar de uma rainha pelo corredor e tomar assento nos degraus do púlpito. Um murmúrio de desaprovação foi ouvido por toda a congregação e as pessoas comentavam, um encontro abolicionista!, direitos da mulher e crioulos!, eu te disse!, vai, neguinha!. Repetidamente, as medrosas e trêmulas vieram até mim e me disseram com seriedade, "não deixe que ela fale, sra. Gage, vai nos arruinar. Todos os jornais do país vão misturar nossa causa com a abolição e crioulos, e seremos completamente estigmatizadas". Minha única resposta foi: "quando a hora chegar, veremos."

No segundo dia, os debates esquentaram. Pregadores metodistas, batistas, episcopais, presbiterianos e universalistas vieram ouvir e discutir as resoluções apresentadas. Um reivindicou direitos e privilégios superiores para os homens, baseado no "intelecto superior"; outro, porque "Cristo era varão; se Deus desejasse a igualdade da mulher, Ele teria dado algum sinal da Sua vontade através do nascimento, vida e morte do Salvador". Outro nos deu uma visão teológica do "pecado de nossa primeira mãe".

Havia poucas mulheres naqueles dias que ousavam "falar numa reunião"; e os augustos professores do povo estavam aparentemente levando vantagem sobre nós, enquanto os garotos nas galerias e os zombeteiros entre os bancos da igreja divertiam-se à larga com o desconforto que imaginavam atingir as "cabeças duras". Algumas das amigas mais sensíveis estavam quase ao ponto de perder a dignidade, e a atmosfera ameaçava tempestade. Quando, lentamente, do seu lugar no canto ergueu-se Sojourner Truth, a qual, até então, mal havia erguido a cabeça. "Não deixe que ela fale!", arquejaram meia dúzia ao meu ouvido. Ela moveu-se lenta e solenemente até a frente, pôs o velho boné no chão e volveu seus grandes e expressivos olhos para mim. Houve um som sibilante de desaprovação acima e abaixo. Levantei-me e anunciei, "Sojourner Truth", e implorei à platéia que fizesse silêncio por alguns instantes.

O tumulto cessou subitamente, e todos os olhares se fixaram nesta figura de quase amazona medindo cerca de 1,80 m de altura, cabeça erguida e olhos que penetravam as alturas como alguém num sonho. À sua primeira palavra, houve um profundo silêncio. Ela falou num tom profundo, o qual, embora não fosse alto, atingiu cada ouvido na congregação, e através da multidão aglomerada nas portas e janelas.”

Discurso:

“Bem, crianças, onde há muita confusão deve haver algo de errado. Penso que entre os negros do Sul e as mulheres do Norte, todos falando sobre direitos, os homens brancos vão muito em breve ficar num aperto. Mas sobre o que todos aqui estão falando?

Aquele homem ali diz que as mulheres precisam ser ajudadas a entrar em carruagens, e erguidas para passar sobre valas e ter os melhores lugares em todas as partes. Ninguém nunca me ajudou a entrar em carruagens, a passar por cima de poças de lama ou me deu qualquer bom lugar! E não sou mulher? Olhem pra mim! Olhem pro meu braço! Tenho arado e plantado, e juntado em celeiros, e nenhum homem poderia me liderar! E não sou uma mulher? Posso trabalhar tanto quanto e comer tanto quanto um homem - quando consigo o que comer - e aguentar o chicote também! E não sou uma mulher? Dei à luz treze filhos, e vi a grande maioria ser vendida para a escravidão, e quando eu chorei com minha dor de mãe, ninguém, a não ser Jesus me ouviu! E não sou mulher?

Então eles falam sobre essa coisa na cabeça; como a chamam mesmo? [alguém na platéia sussurra, "intelecto"] É isso, meu bem. O que isso tem a ver com os direitos das mulheres ou dos negros? Se a minha xícara não comporta mais que uma medida, e a sua comporta o dobro, você não vai deixar que a minha meia medidazinha fique completamente cheia?

Depois aquele homenzinho de preto ali disse que as mulheres não podem ter tantos direitos quanto os homens, porque Cristo não era mulher! De onde o seu Cristo veio? De onde o seu Cristo veio? De Deus e de uma mulher! O homem não teve nada a ver com Ele.

Se a primeira mulher feita por Deus teve força bastante para virar o mundo de ponta-cabeça sozinha, estas mulheres juntas serão capazes de colocá-lo na posição certa novamente! E agora que elas estão querendo fazê-lo, é melhor que os homens permitam.

Obrigado aos que me ouviram, e agora a velha Sojourner não tem mais nada a dizer.”

Palavras finais de Frances Gage

Em meio a um bramido de aplausos, ela voltou ao seu canto deixando muitas de nós com os olhos cheios de lágrimas, e os corações repletos de gratidão. Ela havia nos tomado em seus braços fortes e nos carregado em segurança sobre um charco de dificuldades, virando totalmente a maré a nosso favor. Eu nunca antes em minha vida havia visto algo como a influência mágica que subjugou o espírito de desordem daquele dia, e transformou as zombarias e ironias de uma multidão excitada em comentários de respeito e admiração. Centenas afluíram para apertar as mãos dela, e congratular a velha mãe gloriosa, e desejar-lhe sucesso em sua missão de "testemunhar contra a maldade desta gente".

[History of Woman Suffrage de Gage]

Bem, eu espero que tenham apreciado a leitura. Já li diversas vezes e não deixo de ficar fascinada.

;*

Eka

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Camocim

23 de dezembro.
Encerramento da SoFrida Tour





Uma tournet muito sofrida.

Foi toda a trupe de bandas daqui, se não me engano.



Ao chegarmos, eu e os outros vocalistas fomos dar entrevista na rádio local. Na época eu tinha phobia de entrevistas, as meninas ficaram receosas de me mandar, mas como eu não tinha nada para afinar...

A bagunça foi feia na casa em que nos hospedamos. (geradordemáfama.com)

Ao chegarmos ao clube, estava todo mundo morto, ficamos amontoadas num canto, nem curtimos. O show em sí, foi um podridão. O som era triste! Volta e meia desligava um instrumento, eu ficava correndo pro back-in quando o meu microfone falhava, às vezes desligava tudo, restando só as batidas da Cilene.

FAIL TOTAL!

Terminou e fomos dormir - excerto a Cil que foi resolver não sei o que da bateria que ela sempre empresta e sempre perdem - com os ratos passeando à cima de nossas cabeças. No dia seguinte, mentade do pessoal foi embora, metade foi para praia.


Frideurísma

On stage

Obs: Quando estávamos atravessando de barco, um peixe pulou dentro do barco e atingiu a Jult - nossa pseudo-bigu/fotógrafa/acessora/dançarina/makeshehappy da época - ASGHFGHAGH

E assim terminou o ano mais ativo da banda. A gente era adolescente, então não estávamos aziladas com vestibular/faculdade/emprego, então tempo era o que não faltava! E lugar! Teve uma época (cerca de 4 meses) em que ensaiavamos TODO DIA na casa da Trice. Bonstempos aqueles ;~



;*







Eka

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Ensaio Rock Show

Underground até o talo!



15 de dezembro


Eu tô com o flyer aqui na mão, por isso lembrei até da frase. AFASHGFHASGASGH

Como prometido, foi bem underground mesmo. Lá no Espaço livre (lembrei como chamava o clube da coaab). Só o pessoal conhecido do rock, sem luzes, palco tosco...Nem mesmo tem foto! A Gabi (lembra? que fundou a banda junto comigo) subiu ao palco bêbada e cantou Beat your herth out. Eu ri tanto que me atrapalhei toda!

Não lembro se foi nesse dia, acho que foi.. que o Rômulo - então vocalista da Aneurísma - Não pode comparecer, então os meninos me chamaram para 'substituir'. Na época eles eram couver do Nirvana. Foi depois da Frida e a minha voz já estava toda fudida, além do que eu não sabia as letras direito! Foi tosco, mas foi mó divertido!


:*



Eka

O Rock&Roll Morreu?!


Já são dias e dias lutando por uma melhora na nossa cena musical, quando recebo a notícia que o Bom-e-Velho-Rock&Roll morreu (de novo?! caralho...)
Quem divulgou isso foi o jornal inglês The Guardian e, segundo ele, o motivo da 'matança' foi porque dentre as músicas no top100 das mais vendidas no Reino Unido em 2010, apenas 3 (três) canções são consideradas rock&roll.
  1. Don't stop believing - Journey
  2. Soul Sister - Train
  3. Dog Days Are Over - Florence and the Machine


Agora pronto... da-lhe o Reino Unido definindo quem vive e quem morre dentre os estilos musicais.
Se bem que eu acho que dentre as músicas mais ouvidas em qualquer outra parte do mundo, seria raro encontrar um local em que o Rock&Roll sairia bem colocado.
O que não quer dizer que ele está morto.

Mas se dizem que ele morreu, vamos tratar de ressuscitar logo, porque ninguém merece viver sem música boa!

Vivas ao Rock&Roll!!!


trici

sábado, 15 de janeiro de 2011

Zoobies walk



Maracanaú, Ce



10 de novembro de 2007



As meninas haviam conhecido a Riot Kill, que nos convidaram para tocar nesse evento que elas e um pessoal estavam organizando. Eu me lembro de ter ficado empolgada, pois era a primeira vez que íamos tocar com outra banda riot. Houve um mal entendido e viajamos desfalcadas de nossa guitarrista solo. Eu fui custurando minhas meias o caminho inteiro (dá-lhe malabarismo). Nos perdemos na entrada e quase íamos para Fortaleza, mas uma hora, chegamos.


Não vimos a parada de zoobies, chegamos e o festival já estava rolando - enquantos nos arrumávamos no andar de cima. Nem vimos as meninas tocarem. O lugar era muito abafado, quase sufocante! Apesar do calor e da Cil ter tocado com a perna fudida, foi massa. Depois rolou uma briga entre os meninos um organizador e lá vazamos antes mesmo do fim.

;*

Eka

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Acaraú

Por volta de 4 de novembro de 2007, numa quinta-feira.


Foi a primeira vez que nós viajamos sozinhas, sem outras bandas. Embora, como eu disse, os meninos fossem a alegria dos ônibos, vans e afins. Agora era a vez das NOSSAS frescuras. A Bekinha e a Cil levaram cuspidas na cara da Dona Ray. Eu falei um monte de coisas e não me toquei que haviam - além de nós - três passageiros ao fundo... E o motorista colocou The Doors pra tocar o caminho todo.

A festa lá era uma espécie de Halloween, foi bem legal. O foda é que o pessoal ficava invadindo o palco - que já era minúsculo - e tiveram que por seguranças ao pé. Foi tosco cantar com aqueles brutamontes de braços cruzados na nossa frente. Depois curtimos o show da Azedume e zoamos pela cidade até o dia amanhecer, pegarmos nossas troxas e irmos embora. o/





Eka





quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Halloween Massapê


30 de outubro de 2007

Esse show foi momorável. Casa cheia, galera no clima (pareceu até música de axé agora). No placo estávamos era com os demônios! Eu pirei como nunca! A Cil faltou levantar voo, até a Ray agitou. Combinamos "a última" umas quatro vezes, a Trice estava a ponto de me bater pra sair daquele palco!














Eka

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Clube dos Artistas, Metal Rock 2007

Por volta do dia 19 de Novembro.




O clube era tipo "o recanto do rock sobralense" há um belo tempo. Todas as bandas daqui já haviam tocado lá . Show no Clube é tipo 'estar em casa', todo mundo se conhece, todo mundo se diverte, é só alegria! Pra variar, a polícia parou a festa, no meio da apresentação da Sobre o fim. E, se não me engano, esse foi o último evento lá, e o rock underground da cidade ficou orfã.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Para escutar: Le Tigre - Deceptacon

http://youtu.be/KHOZwyNilZs

Cheiro de queimado.. E morte.

O cheiro de quimado... Bom, sou eu tentando por minha cabeça para funcionar e lembrar dos shows na ordem.. Mas não é assim tão fácil hein, não somos os Rolling Stones, mas entamos no caminho (é, eu sou exagerada)! Já a morte... Então, o show a qual me referi no post passado foi no começo de agosto, e eu sei que tiveram outros antes do que eu vou contar agora, mas eu simplesmente não lembro, ok? ASGSHAGASASGH
Então vou falar agora do Famigerado Show de Ibiapina.



Famigerado em muitos sentidos, acreditem.

Bom, devo dizer que aquela foi a melhor época para se viajar com a banda. Motivo? Aneurísma, Hipnose e Honnor! As bandas estava sempre juntas estrada acima, estrada abaixo, era muito divertido por que os meninos íam frescando simplesmente o cominho inteiro! (Quando eu ía cansada, era o inferno, mas não tinha como se estressar), sem contar nas coisas que a gente aprontava nos locais em que ficávamos hospedados. (geradordemafama.com) Ao chegarmos ao local, vimos a maior platéia diante do palco. Era no ginásio poli-esportivo da cidade, e estava lotado! Todo mundo vibrou quando viu! Primeiro, tocou uma banda local (mais de uma hora, diga-se de passagem), depois a Aneurísma, depois uma banda de uma cidade vizinha que todos em Ibiapina detestavam. Resultado? ESPANTA PÚBLICO. Enquanto isso a Rayane foi bater no posto de saúde muito doente e pedimos para tocar logo pois temíamos que ela piorasse, não nos atenderam e cada minuto que passava não só ela ficava pior como o ginásio esvasiava! Por fim, subimos ao palco como a penúltima banda, tocando para no máximo 5 pessoas, foras os organizadores e as outras bandas. Depois de umas 7 músicas mais ou menos, chega a polícia e manda parar o show. Motivo? ACHARAM UM CORPO NO BANHEIRO MASCULINO. Sim, mataram um cara (à facada se não me engano) enquanto a gente tocava! Pronto depois dessa, todo mundo correu pra apanhar as coisas e emburacou na van. Sem dúvidas o show mais macabro.


Eka

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Acústico


Fomos convidadas para um acústico na U.V.A. (Universidade Estadual Vale do Acaraú).
A princípio soou estranho para nós... nos perguntávamos: como fazer um punk acústico? Mas aceitamos e fomos lá.

Era 22 de Agosto (2007).
Aquele dia na U.V.A. foi uma ótima experiência, tanto por ter sido nossa primeira vez como acústico e por, além disso, termos dado uma pequena entrevista. Na verdade, falamos sobre a origem da banda e como havíamos chegado até então, falamos sobre shows e respondemos a algumas perguntas.
Bem, e para quem não foi a esse evento, ou não se lembra... Ou acaba de conhecer a banda, ou veio esbarrar nesse blog por acaso (hahaha) vou contar uma breve história :
Clube dos Artistas, foi neste local que duas amigas (Eka e Gabix) se impressionaram com a desenvoltura no show de estréia da banda de uma amiga delas, pensaram: Se ela pode, por que a gente não?! (setembro de 2006)

A princípio uma idéia formada por desejos que elas nem sabiam se daria certo, pois nenhuma das duas sabia tocar nenhum instrumento, e nem sabiam se tinham uma voz boa para cantar. Mas mesmo assim, com ajuda de um amigo (Samuel), elas conseguiram encontrar uma guitarrista, baterista e baixista. Que eram tais, respectivamente: Rebeca, Bel e Rayane.
A baixista citada a princípio, deu para trás e resolveu sair, aí elas ainda não tinham nome nem repertório. Era rèveillon quando convidaram Trici para substituir Rayanne no baixo. Convite aceito e então, 1° de janeiro foi o primeiro ensaio. Música: Viollet - Hole.

E ainda em janeiro, por motivos escolares, Gabix saiu da banda, ficando apenas com uma vocalista: Eka.

Após algumas reuniões, decidimos que seria necessário a entrada de uma guitarrista, e assim sendo, convidamos Gervânia para ser nossa guitarrista base, ficando a Rebeca como guitarrista solo.

Não demorou muito para que a Bel saísse, também por motivos escolares. Foi quando conhecemos a Cilene e a convidamos para participar da banda, e ela aceitou.

Até então não tínhamos feito nenhum show.

E foi com essa formação que nos apresentamos pela primeira vez.

Eka - voz, Rebeca - guitarra solo, Gervânia - guitarra base (que não pode se apresentar conosco no primeiro evento), Cilene - bateria, Trici - baixo.
Um tempo depois, Gervania veio a sair. Entramos em contato com a Rayane e fizemos o convite para se juntar a banda novamente, desta vez como guitarra solo.
E foi com essa formação que iniciamos a mini-tour.
;*
Trice / Eka

domingo, 9 de janeiro de 2011

Fuga alucinante nos matos

Preparados para mais uma sessão flash-back?

Show em Forquilha. Já fizemos uns tantos lá, fora aquele por acaso... Aqui vou falar sobre esse e outro mais a frente.





Esse show foi típico por que , na época o meu pai implicava muito por eu estar na banda, então sempre rolava uns fights antes de cada viagem. Essa em especial, por ser a primeira, ele surtou como nunca! Eu havia pedido, e ele havia me proibido de ir, mas eu fui mesmo assim. Quando já estava lá no clube ele me disse que estava indo me buscar (caso não saiba, Forquilha é a 20 min de Sobral). Quando chegou a cidade me ligou perguntando onde eu estava, e eu não disse, então ele falou que ía descobrir! Eu desesperei! Arrumamos um amigo de moto, e quando estava subindo na garupa avistamos o carro na estrada. Fugimos pela beira do rio, e nos escondemos nos fundos de um buteco. A senhora nos olhou com uma cara... Como se estivesse escondendo traficantes de drogas, mas mesmo assim, permitiu. Ficamos telefonando para os amigos e só voltamos quando ele foi embora! AGHGJSAHJSAGASJGASHJGASJASGJASASGH






Obs: O 'organizador' de lá nos chamava de 'As feiticeiras', só Deus sabe por que!



AASFASGFASSFASGHJAHHGSGSGFGH






Eka






sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Continuando o Flash-back

Opa! Como vai?
Bem vamos retomar o flash-back... Onde a Trice parou?

Ah, no começo da 'mini-tour'!
Bom, o começo foi aqui mesmo! ASFGFSHGASFGHASGH
No famigerado... Bem eu esqueci como se chamava o famoso local no qual aconteciam as festas de Rock na Coaab. Até pq quando falava-se: é na Coaab, ok, todo mundo já sabia onde era! Então se você é do rock sobralense 07, você sabe de onde eu estou falando (se não, fudeu).
Não tem foto, o show foi tosco, as bandas eram o público umas das outras, pq a divulgação foi péssima e só deu ma galera tosca que não via a hora das bandas acabarem o show pra dançar funk (sim tinha Dj após as bandas, sim, o Dj só tocava pancadão, sim, tive medo).

Bom, é só isso o que se tem a dizer sobre o show.
Bom mesmo foi o depois as curtições, mas ae não tem nada haver com a banda, então quem viu, viu, quem não viu.. Deixa pra lá!
;*'s até o próximo post!





Eka

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Voltando a ativa!

A banda e o blog!
Então, férias né? Faz tempo que eu venho tendo essa idéia de agitar esse blog. Mas cade a coragem e o tempo? Bom, a coragem eu vou ter que tirar das minhas entranhas (sei q ela existe em algum lugar) e o tempo eu tô tendo agora, olha só q legal! Então, vamos nessa!
A idéia, continuar com a antiga de como obviamente um blog de uma banda deve ter:

Dar notícias sobre a banda! Mas também decidi que vou falar sobre outras coisas ligadas. Tipo, falar sobre bandas que são influencias pra gente. Dar dicas de outras bandas legais, falar sobre o movimento riot grrl e o feminismo, em fim, de qualquer forma acaba tudo em casa!


Bom, mas como já havia sido iniciado o flash back, então eu vou dar continuidade a ele, pois como alguns já sabem, eu adooooro contar uma boa história!

Então... é isso!
Espero que vcs gostem! (se é que o 'vocês' existe HUHUH)









;* Eka




Curtindo em Ita
Frida é uma banda feminina de Punk do
Ceará que teve o início de sua carreira em 2006.
Em 2009 a banda entrou em estúdio e
lançoua primeira demo com quatro músicas.
Já participou de inúmeros festivais no
interior do estado e na capital. Previsão
para gravação do primeiro EP em breve.









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