Então, como já foi tratado por todos os cantos do mundo e aqui, no Brasil, rolaram bons gritos em respeito à essa marcha, só me resta dar uns tapas pra não deixar passar em branco.
O acontecido foi que no Canadá, durante uma palestra, um policial disse para estudantes universitárias não se vestirem como vagabundas para evitar estupros. Esse comentário que tentava, mais uma vez, responsabilizar a mulher pelo estupro, revoltou as universitárias, que deram o pontapé inicial ao movimento, chamado Slut Walk (Marcha das Vadias).
Aqui no Brasil a coisa não foi muito diferente... A marcha ia acontecer, mas creio que não teria tanta atenção da mídia se o comediante Rafinha Bastos não tivesse feito comentários machistas em entrevista e durante sua apresentação no CQC. Tais comentários tiveram um peso tão considerável, que a Marcha das Vadias, em São Paulo, não coube em uma só praça.
Muitas pessoas compareceram, mulheres, homens e crianças, fantasiados ou não, com cartazes e com muita voz para gritar contra os sexistas.
Os comentários do comediante foram:
"Toda mulher que eu vejo na rua reclamando que foi estuprada é feia pra caralho. Tá reclamando de que? Deveria dar graças a Deus pela oportunidade."
"Por que tem mãe que enfia a teta nas caras das pessoas na rua, véio? Mano, vai prum banheiro" - em relação às mães que amamentam nas ruas.
Sinceramente, já tinha passado da hora da gente se manifestar nas ruas. Agora só espero que passada a algazarra, o silêncio isso não signifique calma, mas sim respeito.
trici