segunda-feira, 11 de julho de 2011

Vadias em Marcha





Bem atrasado esse post. Mas eu achava que o assunto já tinha sido retratado aqui.
Então, como já foi tratado por todos os cantos do mundo e aqui, no Brasil, rolaram bons gritos em respeito à essa marcha, só me resta dar uns tapas pra não deixar passar em branco.

O acontecido foi que no Canadá, durante uma palestra, um policial disse para estudantes universitárias não se vestirem como vagabundas para evitar estupros. Esse comentário que tentava, mais uma vez, responsabilizar a mulher pelo estupro, revoltou as universitárias, que deram o pontapé inicial ao movimento, chamado Slut Walk (Marcha das Vadias).

Aqui no Brasil a coisa não foi muito diferente... A marcha ia acontecer, mas creio que não teria tanta atenção da mídia se o comediante Rafinha Bastos não tivesse feito comentários machistas em entrevista e durante sua apresentação no CQC. Tais comentários tiveram um peso tão considerável, que a Marcha das Vadias, em São Paulo, não coube em uma só praça.
Muitas pessoas compareceram, mulheres, homens e crianças, fantasiados ou não, com cartazes e com muita voz para gritar contra os sexistas.
Os comentários do comediante foram:
"Toda mulher que eu vejo na rua reclamando que foi estuprada é feia pra caralho. Tá reclamando de que? Deveria dar graças a Deus pela oportunidade."
"Por que tem mãe que enfia a teta nas caras das pessoas na rua, véio? Mano, vai prum banheiro" - em relação às mães que amamentam nas ruas.


Sinceramente, já tinha passado da hora da gente se manifestar nas ruas. Agora só espero que passada a algazarra, o silêncio isso não signifique calma, mas sim respeito.

trici

sábado, 4 de junho de 2011

Frida no Sonora Rock CANCELADO

Sentimos muito em informar, mas a FRIDA não tocará mais dia 11 de junho no festival Sonora Rock, que ocorrerá no ECOA.

motivo: ficamos sem baterista; coisa de última hora.

Mas é isso, galera... fica pro próximo.

Ainda apareceremos no evento pra conferir as outras bandas.
Vai ser muito foda. (:





sexta-feira, 27 de maio de 2011

Especial Meninas do Hardcore MTV Brasil

Opa, oi!??
Voltei a me empolgar aqui com o Blog!
Vai chegando dia de apresentação, a gente começa a se organizar pra isso, e uma coisa leva a outra. Será? Mas fato é que cá estou eu para mais um post! Há!

E agora pra mostrar coisa de mais pertinho, no nosso nordeste.
Muito embrora o Ceará não esteja incluso (;~) no caso, em fim...
Mini-doc feito pela Dominatrix em conjunto com a Mtv Brasil, retratando essa mini-tur que eles fizeram ao lado da Noskill e outra bandas. Vale o play! ;*




Parte I:



Parte II:

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Bela Donas 'Meninas na cena punk'

Esse é o trabalho de conclusão de curso da Anelise Paiva Csapo (pausei o vídeo pra pegar os créditos, rsrs), e mostra bem um resumo de como começou e como anda a coisa aqui no Brasil. Mas, é claro, com ênfase no Sudeste que é onde foi feito.
Mas achei interessante. Não só mostra o ativismo das bandas femininas, como também existe banda que faz questão de ser desvinculada da causa, embora apresente em seu discurso características do riot grrrl.

Parte I:




Parte II:



beijo!

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Estupro corretivo

Achei isso num tópico da comunidade do Dominatrix, um cara postou lá e tal... No link do Avaaz que eu vou publicar aqui tem a definição mas esse texto que ele postou lá explica mais detalhadamente:

Millicent Gaika foi atada, estrangulada, torturada e estuprada durante 5 horas por um homem que dizia estar “curando-a” do lesbianismo. Por pouco não sobrevive
Infelizmente Millicent não é a únca, este crime horrendo é recorrente na África do Sul, onde lésbicas vivem aterrorizadas com ameaças de ataques. O mais triste é que jamais alguém foi condenado por “estupro corretivo”.
De forma surpreendente, desde um abrigo secreto na Cidade do Cabo, algumas ativistas corajosas estão arriscando as suas vidas para garantir que o caso da Millicent sirva para suscitar mudanças. O apelo lançado ao Ministério da Justiça teve forte repercussão, ultrapassando 140.000 assinaturas e forçando-o a responder ao caso em televisão nacional. Porém, o Ministro ainda não respondeu às demandas por ações concretas.
Vamos expor este horror em todos os cantos do mundo -- se um grande número de pessoas aderirem, conseguiremos amplificar e escalar esta campanha, levando-a diretamente ao Presidente Zuma, autoridade máxima na garantia dos direitos constitucionais. Vamos exigir de Zuma e do Ministro da Justiça que condenem publicamente o “estupro corretivo”, criminalizando crimes de homofobia e garantindo a implementação imediata de educação pública e proteção para os sobreviventes. Assine a petição agora e compartilhe -- nós a entregaremos ao governo da África do Sul com os nossos parceiros na Cidade do Cabo:
https://secure.avaaz.org/po/stop_corrective_rape/?vl
A África do Sul, chamada de Nação Arco-Íris, é reverenciada globalmente pelos seus esforços pós-apartheid contra a discriminação. Ela foi o primeiro país a proteger constitucionalmente cidadãos da discriminação baseada na sexualidade. Porém, a Cidade do Cabo não é a única, a ONG local Luleki Sizwe registrou mais de um “estupro corretivo” por dia e o predomínio da impunidade.
O “estupro corretivo” é baseado na noção absurda e falsa de que lésbicas podem ser estupradas para “se tornarem heterossexuais”, mas este ato horrendo não é classificado como crime de discriminação na África do Sul. As vítimas geralmente são mulheres homossexuais, negras, pobres e profundamente marginalizadas. Até mesmo o estupro grupal e o assassinato da Eudy Simelane, heroína nacional e estrela da seleção feminina de futebol da África do Sul em 2008, não mudou a situação. Na semana passada, o Ministro Radebe insistiu que o motivo de crime é irrelevante em casos de “estupro corretivo”.
A África do Sul é a capital do estupro do mundo. Uma menina nascida na África do Sul tem mais chances de ser estuprada do que de aprender a ler. Surpreendentemente, um quarto das meninas sul-africanas são estupradas antes de completarem 16 anos. Este problema tem muitas raízes: machismo (62% dos meninos com mais de 11 anos acreditam que forçar alguém a fazer sexo não é um ato de violência), pobreza, ocupações massificadas, desemprego, homens marginalizados, indiferença da comunidade -- e mais do que tudo -- os poucos casos que são corajosamente denunciados às autoridades, acabam no descaso da polícia e a impunidade.
Isto é uma catástrofe humana. Mas a Luleki Sizwe e parceiros do Change.org abriram uma fresta na janela da esperança para reagir. Se o mundo todo aderir agora, nós conseguiremos justiça para a Millicent e um compromisso nacional para combater o “estupro corretivo”.
Está é uma batalha da pobreza, do machismo e da homofobia. Acabar com a cultura do estupro requere uma liderança ousada e ações direcionadas, para assim trazer mudanças para a África do Sul e todo o continente. O Presidente Zuma é um Zulu tradicional, ele mesmo foi ao tribunal acusado de estupro. Porém, ele também criticou a prisão de um casal gay no Malawi no ano passado, e após forte pressão nacional e internacional, a África do Sul finalmente aprovou uma resolução da ONU que se opõe a assassinatos extrajudiciais relacionados a orientação sexual.
Se um grande número de nós participarmos neste chamado por justiça, nós poderemos convencer Zuma a se engajar, levando adiante ações governamentais cruciais e iniciando um debate nacional que poderá influenciar a atitude pública em relação ao estupro e homofobia na África do Sul.
Em casos como o da Millicent, é fácil perder a esperança. Mas quando cidadãos se unem em uma única voz, nós podemos ter sucesso em mudar práticas e normas injustas, porém aceitas pela sociedade. No ano passado, na Uganda, nós tivemos sucesso em conseguir uma onda massiva de pressão popular sobre o governo, obrigando-o a engavetar uma proposta de lei que iria condenar à morte gays da Uganda. Foi a pressão global em solidariedade a ativistas nacionais corajosos que pressionaram os líderes da África do Sul a lidarem com a crise da AIDS que estava tomando o país. Vamos nos unir agora e defender um mundo onde cada ser humano poderá viver livre do medo do abuso e violência.
Com esperança e determinação,

Alice, Ricken, Maria Paz, David e toda a equipe da Avaaz"





Beijo grande!

sábado, 21 de maio de 2011

Emirados Árabes legalizam a violência contra a mulher

A Suprema Corte do país decidiu que os maridos têm o direito de “disciplinar” as esposas via força física. O espancamento não pode deixar marcas, e só pode ser usado depois que o homem tiver recorrido a duas medidas – advertir a mulher e se recusar a dormir com ela.

Notícia retirada do Portal Super

Achei a notícia no blog: http://machismomata.wordpress.com
Quería mais detalhes, mas isso foi tudo que foi divulgado no site da Abril, e em outros sites também não encontrei nada à mais. Aí vem gente e diz que feminismo é besteira e que a gente reclama de barriga cheia, que a mulher já conseguiu tudo que queria. Se pararmos para analisar a sociedade ocidental vamos encontrar a cultura machista, e como! E quanto a cultura oriental? É do Estado, realidade esmagadora e protegida por lei!

sábado, 9 de abril de 2011

“Não sou vegetariana”, “Não sou feminista” e outros botões de desculpa automática a serem apertados.

Oi!
Acabo de achar um artigo bem interessante, que diz muita coisa que fazia tempo que eu planejava preparar um post (tenho anotado num caderno), mas me poupou trabalho por que a pessoa acertou em cheio. Foi feito no comecinho do ano, ainda na onda do início do governo Dilma, e não que eu seja ou tenha sido pró-Dilma, a Ellen Augusta Valer de Freitas "apertou bem certos botões que mereciam serem apertados!" :D
Vamos à ele:


Gosto de escrever sobre o cotidiano, pois é justamente ali que percebemos como as pessoas são movidas por mecanismos inconscientes e preconceitos, muito mais do que elas imaginam, ou querem.

Sobre a posse da presidenta Dilma Roussef tive que ouvir todo tipo de asneiras preconceituosas, desculpas, como o comentário “não concordo que tenha que haver mais mulheres no poder, pois o sexo não define a capacidade de alguém”. Sim! Concordamos que o bom e o mau profissional existe em todos os sexos, raças etc. mas, se é a capacidade e o talento o que contam, por que ainda é tão difícil aceitar que as mulheres entrem no poder? Por que ainda é possível que cidades onde a maioria sejam mulheres seus eleitores votem em homens corruptos? Por que tais mulheres começam sempre seu discurso desqualificador com a frase: “Não sou feminista”?

Porque quando pessoas assumem atitudes abertamente, elas incomodam as restantes que nada mais fazem do que absorver o comportamento dos outros. Quando alguém diz: sou vegetariano, sou vegano, sou gay, sou feminista, esse alguém está tomando posição. Se você não é nada disso, respeite os que assumem suas posições, e não me venha se desculpar, pois ser feminista ou não não é pecado mortal. Uma feminista não é uma “solteirona”, nem tem doença grave. Ela é uma mulher comum, ou homem, que possui um posicionamento na sociedade. Parece que se toda feminista “odeia” os homens, as não feministas os colocam em pedestais, ou ficam o tempo todo se desculpando com a afirmação “Não sou feminista”. Como se, não dizendo tal frase, corresse o risco de ser confundida com tais mulheres, que no imaginário popular, quem nunca leu uma linha sobre o assunto as acha mulheres sozinhas “sem homem”, tristes etc. (Um detalhe: quase toda feminista que conheço é uma mulher bem resolvida e por vezes muito bem acompanhada, ao passo que já vi um número bastante grande de mulheres preconceituosas, que por medo ainda estão naquela de arrumar traste para se incomodar.)

Esse tipo de imaginário foi muito bem reforçado e devidamente incentivado lá naquela época em que as mudanças femininas começaram a despontar. E até hoje vem controlando de maneira efetiva a mentalidade dos mais desavisados, dos misóginos e dos preconceituosos. O medo de ficar sozinha e o medo de não ser aceita são bem percebidos na atitude de dizer a qualquer custo: não se preocupem, não sou vegetariana, não estou fazendo apologia ao feminismo. Esperam um suspiro de alívio do seu grupo social. Ah bom! Quando não somos, não somos e pronto. Não há a necessidade de negar a todo custo algo que não nos incomoda, não é mesmo? Alguém já comparou o feminismo a um machismo ao contrário. Mas muito diferente desse preconceito milenar, o feminismo surgiu como uma atitude de protesto. E todos nós sabemos que a opressão sempre gera uma resposta. Hoje o feminismo é mais voltado a garantir que direitos conquistados permaneçam. Muitas feministas trabalham pelos direitos humanos, e não necessariamente ficam gritando “sou feminista” ou menos ainda queimando sutiãs, como o senso comum costuma atribuir. Aliás, toda feminista é muito politizada e os melhores artigos sobre política que já li vieram de mãos de feministas jovens, que escrevem para vários países.

O fato é que as mulheres reforçam o machismo na medida em que veem na outra a sua própria insegurança. Não confiam em profissionais mulheres, não confiam em si mesmas. Isso se reflete no comportamento infantil, na pouca habilidade com as finanças e em outros setores onde as mulheres ainda obedecem a padrões esperados pelos homens. É por isso que os salários continuam baixos, o assédio sexual e o abuso de crianças (sim, tem relação), continuam em alta. O silêncio das mulheres é ruim para elas e para os outros.

“O professor Luis Felipe Miguel, do Instituto de Ciência política da UNB, não acredita que Dilma sozinha consiga revogar o caráter sexista da política (45 deputadas na câmara, no senado 12 e nos Estados 2). ‘Quando a mulher aparece, ainda soa como se estivesse fora do seu lugar, a esfera doméstica’ disse ele no Seminário Mulher e Mídia. O Consórcio Bertha Lutz monitorou a cobertura jornalística em 14 Estados no período eleitoral. De 3.372 reportagens, 1,6 mil falavam sobre aborto e, na maioria dos casos, com viés preconceituoso. ‘Apenas 7% das notícias fizeram menção às políticas públicas relacionadas à mulher’, comentou Jacira Melo, mestra em ciências da comunicação.” (trecho da revista Claudia do mês de janeiro de 2011).

Na mesma reportagem, é destacado que a maioria dos votos para Dilma veio dos homens. Nenhuma novidade, num mundo onde as mulheres são desunidas e cavam suas próprias armadilhas. O pertencer à esfera doméstica já foi tema de um artigo muito interessante do site Labris, onde a pesquisadora cita exemplos de que a mulher quando anda na rua é tratada como prostituta. Ouve todo tipo de desaforo, piadas, troças. E consequentemente não é levada a sério em outras esferas. Todo mundo já ouviu o comentário sobre a roupa da deputada, o cabelo dela, ou que fulana não é boa política, é patricinha etc. De homens não se comenta este tipo de coisa. Não tenho o nome da pesquisadora, pois o site foi reformulado e li o artigo há alguns anos.

Quem já não foi tomar uma cerveja sozinha e teve que ouvir algum comentário, como se, por estar ali, a mulher está disponível. Mulher sozinha na cabeça de alguns significa que ela está com problemas ou que está disponível. Há gente que não suporta imaginar que alguém possa estar sozinha por que quer apenas.

Enquanto se setoriza a mulher a determinados ambientes, da mesma forma se coisificam os animais. A galinha é para comer, o cachorro para brincar, a vaca serve para tudo. E tudo isso tem ligações profundas e inconscientes, que precisam de esclarecimento e inteligência para que a mudança continue. Minhas esperanças e meus parabéns à nova presidenta do Brasil.


Fonte: http://www.anda.jor.br/2011/01/17/%E2%80%9Cnao-sou-vegetariana%E2%80%9D-%E2%80%9Cnao-sou-feminista%E2%80%9D-e-outros-botoes-de-desculpa-automatica-a-serem-apertados/

;**




Eka
Frida é uma banda feminina de Punk do
Ceará que teve o início de sua carreira em 2006.
Em 2009 a banda entrou em estúdio e
lançoua primeira demo com quatro músicas.
Já participou de inúmeros festivais no
interior do estado e na capital. Previsão
para gravação do primeiro EP em breve.









.